Tuesday, April 11, 2006

Paradoxos

A liberdade e a vontade andam juntas.
A liberdade é uma moeda cujo valor jamais será superado.
Quem o tenta alcança a própria liberdade de fazê-lo.

Guerra e paz.
Tempos de turbulência e tempos de calmaria, o vento flui e quer fluir,
é impiedoso como a natureza e forte como um touro de Júpiter, mas tem seus momentos ternos.
A natureza humana é como o vento.
Flui em ondas e se espalha pelo horizonte.
Quer insuflar-se, preencher, conquistar.
Seu núcleo mais puro e denso está onde nem mesmo o próprio homem pode vê-lo.
Ali se escondem motivos primordiais, regras de conduta não explícitas, dissimuladas e até negadas, mas recorrentes a cada geração de guerreiros que pintam as linhas da história de tons vermelhos e negros.
Um ideal, um amor ou uma amizade podem conduzir-te ao céu e ao inferno;
tudo mais é sombra, espera e um pouco de renúncia.
O que não é renúncia é caminhar, lento e frutuoso caminhar.

O jovem sábio questionou-se quanto ao movimento:
- de que vale o movimento quando o parado também existe?

e sua pergunta ficou no ar. Parada. Em movimento. As idéias movem-se?
Caminhar pode ser uma renúncia.
Renunciar pode ser um ideal.
Mas um ideal e um amor dificilmente se conciliam.

1 Comments:

At 9:16 PM , Blogger Rafa Pros said...

"Tudo mais é sombra, espera e renúncia" - Isso ficou muito foda!
fINO!

 

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