John Lennon e o aprendizado
1) Existem pessoas que aprenderam a aprender;2) pessoas que tentam aprender;
e 3) pessoas que desistiram de tentar.
As pessoas de (3), e parte daquelas de (2), têm na religião a fundamentação da sua moral. As outras continuam buscando um fundamento.
Mas talvez seja a moral um oceano - profundo demais para que alcancemos seu assoalho. Ou talvez não?
Nunca houve um Deus único, ou jamais teríamos matado em seu nome.
A filosofia tem por objetivo libertar o homem.
A religião, salvá-lo.
Mas é a salvação, o conceito sujo de salvação, o que nos mantém presos.
A moral ser relativa não implica sua inexistência.
A etologia moral, se é que podemos chamar assim o estudo das ambições, necessidades e angústias humanas, ainda mal começou.
O segredo de tudo é a motivação. O que nos impele? Não é só a sobrevivência, mas o apego aos nossos desejos. As atitudes mesquinhas, o orgulho, estão nas bocas e corações de todos, imponham ou não suas divindades aos outros.
A justiça só será maximizada quando aceitarmos a injustiça como inevitável, como parte da natureza.
Como animais, usamos a violência para nos erguer, para garantir os hormônios que dão sentido à existência.
Como homens, substituímos a violência (apenas em parte) por códigos, leis, tabus, mitos, tão ou mais violentos que a violência ancestral, porque organizados. A união faz a força.
Sendo assim, será mesmo desejável o sonho de John Lennon - todo o mundo vivendo como um só? Uma única e rígida nação? Uma lei? Uma religião?
A diversidade que compõe os seres humanos e a própria natureza não estaria seriamente ameaçada?
Digo, eu sei que é uma utopia, mas não estaremos olhando na direção errada do horizonte, enquanto planejamos nosso futuro?
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