Números! Números!
Estamos acostumados com o aumento do PIB, com mais presídios e mais hidrelétricas, mais gente e mais regras. Haverá um limite?Acreditamos mesmo que o mundo será infinito no suporte de nossas euforias, ou sabemos que desenhamos um colapso?
No século onde o bem viver eclipsou o bem pensar, onde o bem comprar eclipsou o bem viver, quanto durará nossa sanha compradora?
Quando os pais percebem que o brinquedo elétrico não diverte seus filhos mais que uma pipa ou uma bola,
quando percebem que as notícias não divertem nem conscientizam mais os adultos que uma boa festa,
ou que indústrias não alimentam mais o espírito e o corpo que o céu azul e os campos férteis -
viveremos para sempre obedecendo industriários e seus comparsas no parlamento?
Ou tomaremos partido defendendo o que é nosso?
Estou muito abstrato?
O crime vem da escassez de recursos, não de um mal qualquer muito vago.
A escassez de recursos vem do excesso de gente e do excesso de ambições, não da falta de usinas hidrelétricas.
O progresso não é avanço, mas concentração de riqueza.
E riqueza não é dinheiro, mas fruição do instante.
Estranha que tudo pareça de cabeça para baixo?
Na verdade é simples:
onde o dinheiro estiver, a verdade dificilmente estará.
Quanto maior a concentração de poder, maior a mentira.
Quanto maior a fé, maior a alienação.
A Verdade é o Mundo, e quase todos mentem.
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