Monday, December 11, 2006

Brasília II

Dentro da van fui ao lado da filha de um colega, uma incrível tagarela de apenas vinte anos, que me explicava passo a passo todas as opções para me divertir na noite brasiliense aquela noite mesmo (fui eu que o solicitei), apoiando em cada opção o seu ponto de vista sobre o que valia a pena, o que estava na moda, o que era bem freqüentado ou era "underground" demais. Em todo o palavrório, o mesmo: que Brasília era uma cidade ótima, que boates dentro de shopping centers são "o que há" em diversão, que a juventude local era linda, fina, inteligente e gente boa. Não discordei. Cada um tem o direito, senão o dever, de enxergar o lado bom das coisas que é forçado a conhecer. Para ela, dinheiro não era o problema. Ganhou sua primeira Barbie aos dois anos, sabia que hoje uma dessas bonecas não sairia por menos de 50 reais, e estou certo de que ela não concordaria com a hipótese de que uma criança não precisa de Barbie, nem de e-mail, nem de celular. Mas talvez seja eu quem esteja ficando velho... Por fim, saí naquela noite mesmo, mas nada de boates em shoppings.

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