Brasília III
Depois que cheguei no hotel, saí com um amigo para conhecer melhor a noite da capital tupiniquim. Fomos em alguns bares só para descobrir que, no fundo, ou mesmo no raso, são todos muito parecidos. Os mesmos jovens buscam seu caminho entre a arte e a ciência, entre o tédio e a loucura, entre o prazer e a solidão. Em que eles mais se parecem é a resposta que dão a essa busca, ou melhor, a posição que assumem na estrada, buscando o prazer máximo, imediato e sem compromisso, rejeitando a solidão como a um vírus, o tédio como uma tristeza doentia, a loucura como uma inviabilidade técnica, e arriscando-se na arte com medo de acertar, e na ciência sem o ímpeto para fazer as perguntas que interessam.A juventude pelos bares quer ser jovem, moderna, quer mais ser feliz que ter razão. Todos querem formalizar seus direitos de posse, garantindo sua permanência no sistema, na posição perfeita que concebem como realidade.
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